Olhe amor, por aqui lhe digo
Percebo enfim tua agonia
Pois outra paixão que fustigo
Deu a castigar-me com louca alegria
De todos os olhos que dissimulei
Aqueles abraços que forcei
Os livres e ingênuos
Calados e obscenos
Os que amei pertenciam a outro
Que em minha desilusão jaz
Pois este mesmo fustigou-me
Com doce mentira fugaz
Agora sei, meu amor
A causa de teu pavor
Pois a mesma quimera que te amou
Quis se apaixonar
E olhe só! Agora estou eu a lamentar
Ah, quem me dera saber amar!
quinta-feira, 7 de maio de 2009
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Descubra-me.
- Cora Rodrigues
- Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões
Um comentário:
Cora, muito bonito o poema
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