Ora, minha poesia é a dança da mentira
Do exagero, do falso desespero
Não passa da afeição
Por lograr o coração
Portanto não se preocupe,
Pois minha mente é calúnia
Meus versos oblíquos
São forjadas petúnias
Meu corpo se inunda em paixão
Minha pele exala amor
Não creio na razão
Mas de tanto temer a solidão
Minhas mãos teimam na ilusão
De entulhar-me com falsa dor
Nunca cedi ao hábito condicional
Nunca pensei antes de atuar
Nunca neguei um apaixonado olhar
Nunca restringi-me ao pecado carnal
Vivi ousando, recitando a ventura
De ser livre, animal
Portanto não se inquiete,
Por trás das rimas de amargura
Há uma criança já entregue
À nostalgia delirante do amor irracional,
Incondicional, encravado em minhas entranhas
Correndo em meu sangue morno
E subindo-me à cabeça, levando-me à loucura delinqüente
De viver da paixão, e dela somente
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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Descubra-me.
- Cora Rodrigues
- Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões
Um comentário:
Muito boa essa!
Você é maior que o mundo!
Talvez...
Saudades... efêmera! rs
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