Não há preza que apresse a prece
Naquele culto de corpo e canto
O hino que a mente emudece
O grito que faz do homem o santo
Vem a batida de fé no peito
O rito da ilusão nos pés
Que presos e sem jeito
Querem fugir de viés
Sobe no sangue a razão
O erro rasgando a garganta
Empurrando pela boca o coração
Arrancando da alma uma santa
Maria de olhos vendados
Prendeu minha mente ao chão
Crentes de corpos fechados
Morreram ao beber a ilusão
O Diabo sentado aos risos
Descendo com o mato pelas goelas
Para os que crêem, regozijos
Para os que vêem, as sequelas
Deram-me forças, deram-me
O peito para a razão
Deram-me olhos, deram-me
O espelho da putrefação
Que seja esse delírio coletivo, então
Os passos de sua fuga
Que corra até a morte, em vão
Pois é o amor a real cura
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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Descubra-me.
- Cora Rodrigues
- Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões
2 comentários:
Parabéns pelo seu blogue
Gostei dos versos porém, tnho minha dúvidas se o amor realmente é cura.
Ternura sempre!
Se quiser me encontrar é só seguir o voo da esperança.
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