Certa noite, caminhando por entre os sonhos
Encontrei, com o destino em minhas mãos,
Maria das flores por entre urubus risonhos
E homens filhos do pecado de Adão
Maria, jogada no orvalho de erros passados
Úmidos de arrependimento
Regados pelo mar de seus olhos inchados
Decididos a viver em improvisado convento
Sobressaltou-se com os balbúcios de meus lábios
Que indagavam a razão para tão lastimável culpa
Pois ainda que estivesse eu em tão bisonha ilusão
Tamanho desalento não seria possível nunca
Então, como se de seu olhar escorresse a baba do diabo
De seus pulsos jorrasse labaredas do inferno
E do sangue de seu coração surgisse o pecado
Maria rogou pelo perdão eterno
Confessou, com lânguidas palavras rasgadas
Que em posição de Eva e engano de Madalena
Cedera a quimeras passadas
Embriagada de ilusão e loucura serena
E entregou-se às tentações de lascivas lembranças
Enterrou-se em cova de erros e submissão
Aceitou, quando nua, louca e falsa esperança
Agonizou ao toque de bocas cruas de paixão
E então lágrimas brotaram, hemorrágicas e vazias
E sua boca urrou com desbotada virgindade
Implorando para que bebesse eu suas agonias
Para que lhe devolvesse a insônia e a castidade
Queria que os pesadelos não mais lhe corroessem a sanidade
Pois quando cria ter se livrado enfim do desespero
Percebera que ela, em melancólica realidade
Era, quem diria, meu rosto mirando o espelho
Encontrei, com o destino em minhas mãos,
Maria das flores por entre urubus risonhos
E homens filhos do pecado de Adão
Maria, jogada no orvalho de erros passados
Úmidos de arrependimento
Regados pelo mar de seus olhos inchados
Decididos a viver em improvisado convento
Sobressaltou-se com os balbúcios de meus lábios
Que indagavam a razão para tão lastimável culpa
Pois ainda que estivesse eu em tão bisonha ilusão
Tamanho desalento não seria possível nunca
Então, como se de seu olhar escorresse a baba do diabo
De seus pulsos jorrasse labaredas do inferno
E do sangue de seu coração surgisse o pecado
Maria rogou pelo perdão eterno
Confessou, com lânguidas palavras rasgadas
Que em posição de Eva e engano de Madalena
Cedera a quimeras passadas
Embriagada de ilusão e loucura serena
E entregou-se às tentações de lascivas lembranças
Enterrou-se em cova de erros e submissão
Aceitou, quando nua, louca e falsa esperança
Agonizou ao toque de bocas cruas de paixão
E então lágrimas brotaram, hemorrágicas e vazias
E sua boca urrou com desbotada virgindade
Implorando para que bebesse eu suas agonias
Para que lhe devolvesse a insônia e a castidade
Queria que os pesadelos não mais lhe corroessem a sanidade
Pois quando cria ter se livrado enfim do desespero
Percebera que ela, em melancólica realidade
Era, quem diria, meu rosto mirando o espelho
2 comentários:
Se toda tristeza resultasse em coisas bonitas assim, que lindo seria o mais triste dos mundos...
No reflexo destes teus
belos versos
enxergo minha alma
entre sonhos e pesadelos...
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