Quando provo de teu sabor, ai amor,
Sinto flores brotando em meu peito
Seus espinhos encravando em meu futuro
E meu sonho se tornando meu maior defeito
Por guiar-me nua no escuro
Quando me apego a teu calor, ai amor,
Sinto palhaços alegrando meu corpo
Sinto minha carne solta, entregue a todas as outras
E meus seios rindo de meu rumo torto
Vestidos por tuas leis frouxas
Mas quando deixo seu corpo, ai amor,
Sinto a percussão de tambores passados
Já então esquecidos por minha alma rendida
Ao domínio de homens domesticados,
Anjos de verdades acudidas
Ausente de amor, ai amor,
Vejo a pornografia de meus olhares
Cedidos à carência humana
Vejo a vida em todos os lugares
Embaçada por minha visão mundana
Carente de amor, ai amor,
Vejo a indesejável realidade
Só vejo a desgraça, só a desilusão
E mesmo louvada por minha libertina idade
Sua falta desatou o nó da solidão
Sem teu amor, ai amor,
Me escondo nesse canto,
E retorno à minha ingênua infância
Iludida, me encanto
Com qualquer cândida esperança
Indiferente a dor,
Sou só uma criança,
Sou só uma criança,
Ai, que bom ser criança
E não sofrer por amor
Não sei se é azar
Ou benção
Mas não sofro por amar
Só por ilusão
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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Descubra-me.
- Cora Rodrigues
- Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões
Um comentário:
Adorei, Cora! De verdade! Parabéns =)
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