Peito de pau e corpo oco
O coração acústico, sem dono, sem nome
As marcas talhadas de samba e sufoco
A boca desafinada de canto sem som
As palavras já gastas de memória sem dom
Nas costas as farpas de vida mal-vivida
E nos pés os espinhos de veredas vencidas
E nos olhos...nos olhos o fúnebre vazio
Da solidão preenchida no caminho
De um homem fez-se uma história
Fraca moral da vida sem glória
De um poema fez-se a esperança
De nesta mentira haver semelhança
Com o que sou e o que calo
Com as rimas que não falo
Com estas linhas de formosa ilusão
Com este homem que não tinha coração
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