Libere de meus sonhos sórdidos
Esses gritos de aflição
Afaste de mim estes olhos
Que sangram traição
Por que tens mãos torpes?
E infinitas, obscenas?
Mirais meus olhos disformes
Vês uma velha mecenas?
Esgote meus mofinos lamentos
Que tormentam meu corpo devasso
Esqueça daqueles ditosos momentos
De cunho tão escasso
Por que tens essa cegueira?
Esse doce canto doloso?
Vês que não me encontro inteira?
Não enxergas este ódio fogoso?
Afaste dessa alma teus lábios
Libere-me deste cárcere
Preencha-me de versos sábios
Tire-me deste insano mármore!
Não amarei mais tuas palavras impuras
Sujas de perfídia perversidade
Esquecerei desta vida a amargura
Fugirei com louvável sagacidade
Renegarei então essa morbidez dilatada
Existirei em tão bela harmonia
Numa supérflua brisa emancipada
Flutuarei na Nona Sinfonia
Para você, amiga querida. Espero ter traduzido corretamente seus sentimentos.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Descubra-me.
- Cora Rodrigues
- Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões
5 comentários:
"Vamos fazer um pecado, rasgado, suado, a todo vapor"
Chico Buarque de Holanda
As vezes quando eu me perco, eu passo por aqui e consigo me encontrar...
Nem os melhores atores estudaria esse personagem que é você melhor do que eu...
Veja meu blog...
Si, probabilmente lo e
Perche non:)
Postar um comentário