domingo, 4 de abril de 2010

Obscena conveniência

Eu perco os papéis da poesia
Eu esqueço a porta aberta
Eu perco as razões da alegria
Eu morro e morro desperta
Meus passos perdem o chão
Minhas palavras perdem a paixão
Minha mão calejada e calada
Não desenha mais a ilusão
Eu ganho acalentos da azia
Eu encontro olhos de razão
Eu ganho razões pra agonia
Eu sujo meus pés de solidão
Eu deixo minha alma vazia,
Para seus passos encontrarem meu chão

Eu esqueço a porta aberta,
Você entra e entra sem poesia
Eu sorrio e meço a oferta
Eu entrego-me por cortesia

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões