quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Sonhos de revolução mental

Estro; insuflação divina; veia poética; entusiasmo artístico;

Inspiração.

Congeminação?

Poesia. O que é poesia? Não cabe a mim decidir se o que vou publicar é poético, se palavras confusas de uma adolescente podem ser classificadas como poesia. Mas, quem somos nos para dizer se todos os sentimentos que vêm à mente, se a organização da inspiração, a descrição de uma emoção, se tudo aquilo que vem do coração é ou não digno de ser poético? Inspiração é poesia, arte é poesia, pensar é a arte de poetizar. Somos todos poetas, cada um na sua propria maneira de rimar.
Hoje decidi dar uma lida nos poemas que escrevi ja faz algum tempo, e percebi que os versos foram a melhor maneira de alindar a dor, de transformar negro em arco-íris, de fazer da solidão uma virtude. Vou publicar alguns poucos versos tolos, para que outros olhos senão os meus possam critica-los.

Bom, segue adiante a inspiração:



Dor


Não chore menina, o tempo passa
A língua logo se solta
E o mundo volta a girar

Não baixe os olhos criança, a dor passa
A felicidade logo volta
E você se lembrará de como é amar

Não caia na peça que sua mente pregou
Sorria e esqueça que o tempo não passou
Se levante desse leito e vá amar,

Voe alto pelo céu azul
Aceite a paixão que pede um olhar,
E viva por motivo algum

Então venha mulher, vamos festejar!
Pois o que a vida nos deu ninguém pode tirar
Venha comigo, vamos sorrir!
Esquecer do que um dia fomos e de nossa mente fugir

Vamos viver pelo coração!
Vamos viver da paixão, vamos matar a solidão!
Não nos importa se a ilusão nos engana
Vamos pular as semanas!

Venha comigo, vamos guerrear,
Tomar o que não querem nos dar
Viva comigo, não vamos nunca sofrer,
Ame comigo, vamos para sempre viver!

14/09/07


Ilusão libertina

Meus versos são pobres, minhas rimas se repetem
As palavras não sabem onde se metem
Sou ainda criança, pouco vivi
Quem dirá que não sou poetisa se nada vi?

Amei, sofri, algo provei
Nada suficiente para florescer minha mente
Não sou diferente mas aprenderei a pensar
Logo tomarei dessa vida o que rimar

Quero de Vinicios o ardor, com Orphée viver seu amor
Vou rimar com Andrade, com Camões cruzar os mares da idade
Quero com Mozart tocar, de Shakespeare aplausos ganhar
Aprenderei com Dante, verei a platéia delirante

Que dessa criança virá uma mulher
Que dessa dança calma virá a maré
Não existe na mente perfeição
Não creio na crua razão

Sou livre, sou livre!
Meu ato é domado, meu sonho é ousado
Mas o que é a sociedade quando minha alma é liberdade?

05/10/07


Entusiasmo lírico

Riscos formam sonhos vistos em ilusão
Nessa congeminação, tornado tão futil o real
Tão esperado, nesse plano anal

As linhas criam liberdade
Fazem de minha lira minha idade
Com elas vou fugir e levar a arte em minha mente
Nesse ermo vou voar livremente
Vou tão simples criar a perfeição
Criar e amar apenas com a dança de minha mão

30/11/07

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Festin de pierre

Os franceses e o vinho, o vinho e os franceses: uma relação de amor mutuo, intenso e quase imoderado. As refeiçoes sao movidas à base de vinho (e pao, é claro), os franceses sao movidos à base de vinho, a França nao viveria sem vinho! VINHO...VINHO...VINHO! E eu, ditosamente, tenho a ventura de degustar dessa bebida divina a cada final de semana, quando a minha familia prepara um verdadeiro festim (sem algum motivo, provavelmente uma desculpa para beber sem ter peso na consciencia). Mas, o que é um festim numa familia tipicamente francesa?

Primeiramente, os aperitivos (para nao dizer salgadinhos) sao servidos acompanhados de vinho do porto (no meu caso), whisky, Passoa, Pastis, entre outros. Depois de encher a pança com salgadinhos, a entrada é servida. Entrada para nos brasileiros, quer dizer prato principal, mas para os franceses que tem manias hiperbolicas a entrada é uma...entrada: sopa, quiche, casquinha de siri, uns paes imensos recheados com salmao, carne fria, etc. Quando a "entrada" é servida, a garrafa de vinho branco é aberta (yeey!).
Depois de comer o suficiente para o resto do dia (acreditem no que digo, as entradas sao realmente grandes!), o peixe é servido! Normalmente um prato gastronomico, um pedaço de umas 98g de peixe com um molho delicioso e um pequeno croissant para dar um bom look no prato. O peixe é acompanhado de uma segunda taça de vinho branco.
Finalmente, depois de muuuuito esforço, o peixe é comido, e o prato principal (nao, nao, o peixe nao era o prato principal!) é posto à mesa. Um pedaço de carne vermelha servida com algum legume, e é claro, vinho tinto.
Terminado o prato principal, vêm o prato de queijos (todos os divinos queijos
franceses: camembert, roquefort...) e a salada- e a segunda (ou terceira) taça de vinho tinto.
Puff! Tendo comido tuuuuuuudo, a sobremesa! Tortas de morango, chocolate, caramelo...doces de pêra, maça, frutas em geral; sorvetes feitos em casa; bolos; tudo imaginavel no mundo da "patisserie". A sobremesa é uma surpresa deliciosa a cada dia.
O resultado é uma barriga de gravida e as bochechas rosa-rabanete (compreensivel, considerando as 5 taças de vinho).

Acho que so vou digerir tudo que comi em umas duas semanas :P

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Parindo uma idéia

Depois de incontáveis palavras escritas e apagadas, pensadas e esquecidas, decidi finalmente começar um blog. Começar? Talvez recomeçar seja um termo mais apropriado, pois essa nao é minha primeira tentativa de organizar meus sentimentos em algum lugar (é claro que organizá-los em um lugar publico para que alguns escassos visitantes possam lê-los é uma boa idéia, não?). Diários, desenhos, poemas...nada basta para minha mente inquieta, e a cada tentativa de satisfaze-la, acabo por decepciona-la e abandona-la confusa num pequeno órgão que se encontra no interior de meu crânio. Enfim, numa inovadora tentativa de satisfazer essa minha exigente (e enormemente irritante) mente, vou desabafar algumas idéias rotineiras e desinteressantes de vez em quando

Começando por contar um pouco sobre a minha pessoa. Bom, eu, como qualquer jovem de 17 anos que está à uns 9000 km de sua familia e amigos, me sinto...hiperbólica. Nao perdidamente hiperbólica, mas hiperbólica a ponto de criar um blog para escrever sobre minhas hipérboles frequentes :P
Essas hipérboles podem ser traduzidas na forma de transtornos alimentícios, ou seja, os 12364563 kilos que se instalaram em meu corpo num curtíssimo periodo de tempo(6 meses, mais precisamente). Mas é claro que como todos os erros que cometemos sem querer cometer, eles sao justificáveis.



Hiperbólica no meu eu interior, pois este fica meio hiperbolicamente confuso meio à tantas emoçoes: saudades, "regrette", alegria, "regrette", calma, alegria, saudades...e por aí vai

Mas começo a me acostumar com essa vida hiperbolizada... tenho que admitir que ela me tira um pouco da rotina, e levando em conta a minha participaçao na grei Contra-qualquer-e-todo-tipo-de-tédio-rotina-ou-falta-de-adrenalina-e-emoção, eu acabo quase sentindo prazer em me hiperbolizar, bagunçar meus cachos revoltados e escrever pensamentos alheios num blog è_é

Coff coff (limpando a garganta e voltando ao mundo): isso é tudo pessoal, vamos embora, tá chegando a hora da gente arribar...em outras palavras, preciso parar de escrever lorotas, tomar vergonha na cara e encarar 8 horas de sono pesado pois ja passa da 01:07 da madrugada

Obs.: Desculpem-me pelas frases confusas e mal escritas, mas meu cérebro ultimamente vêm formulando as frases em francês, o que dificulta um pouco meu raciocinio em portugues (ainda mais depois de ler um livro em inglês)...

Obs.2: Queijo de cabra nao é muito digerível :P

Au revoir!

Descubra-me.

Minha foto
Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões