terça-feira, 5 de maio de 2009

Meu bem-aventurado viver

Passou nas nuvens o raio da inovação
Matando os pássaros da ilusão
Pegou-me de jeito no precipício
Entrou por mil orifícios
Saiu com o sangue morno
Limpando meu corpo insano
Despindo minha aurora
Gerando o puro fogo
Que queimou meu engano
Da memória

Que esqueço
Emudeço
Endoideço
Ensurdeço
Transpareço
Embruteço
Amadureço
Esqueço

E volto à glória
"Vem canto e flor,
Estrela que canta
Mentiras de amor
Vem e me encanta
Me leva nesse movimento
Vem salvar meu povo
Vem me dar alimento
Vem me amar de novo!"
"As flores em que pisou
As flores em que pisa
O pecado que amou
Que te imuniza
Elas vão crescer de novo
Ele vai te amar, o novo
Elas vão crescer de novo
Você vai amar por todo."

E volto sóbria,
Sento na lembrança
Penso na vitória
De ser criança...

E penso eufórica
Ainda sou menino!
A diferença simbólica
É que agora bebo vinho.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões