quarta-feira, 24 de junho de 2009

Nos querem todos iguais

A lucidez de meus erros a assusta
Ela, dengosa, me enleia
Me afana, me usa, me abusa
E meu corpo incendeia

A perdição de meus atos a seduz
Digo breve calúnias do coração
Ela me responde com olhos de luz
Muda, recita a solidão

Eu, louco, retiro-me em meu corpo
Oco, ela tirou-me minha razão
Minha quimera perdeu-se em seus lábios
Eu quero prazer, quero seus seios vários

A menina ama pra pagar
Os sonhos de futuro amor
Mas de pirraça, não há de amar
Os calados corações que iludem com seu ardor

Hei de falecer por teu sorriso
E do álcool viverei por regozijo
Pois se em outros corpos ela me ama
O que faz em minha cama?
Senão manter a falsa precaução
Sem saber que ao me amar ela alimenta
Minha necessária solidão

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões