terça-feira, 23 de junho de 2009

confissões embriagadas

e agora me pergunto
se enfim aprendi a amar
os fatos relutam
e me ensinam a forjar

forjo em meu grito a dor
em meu gemido o amor
em meu sonhos o ardor
de quem nunca aprendeu a viver

de tanto dançam
a poesia do sorrir
de tanta paixão já me esqueço
de que amar não é sofrer

de tanto amam
sem saber dizer
proclamam, recitam
palavras sem sentir

minto, canto
me engano, te amo
mas logo verá
que minha dança é decorada

pois em teu alvará
nada resta além da dúvida
em meu canto, embriagada
sofro nua

sem saber como gostar
sem aprender a amar
sem saber se o que amo
é de fato o forjar

então admito logo:
do que gosto
de fato
é me enganar

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito Bom.

Descubra-me.

Minha foto
Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões