segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Brincadeiras de Roda

Veio o ladrão de olhares
Tirar meus pés do chão
Veio com pesares
Ensinando-me a a ilusão

Arrancou minha pele dos ossos
Máscara da imperfeição
Fez de seus olhos mortos
A cura de minha razão

Veio o sonho de infância
Dar-me a mão
Trocar olhos de petulância
E ir-se em vão

Lhe faltou o toque
Lhe prometi o amor
Lhe dei a tristeza
Para evitar a dor

Sigo cambaleante
Sem direção
Sem forças
Para a paixão
Sigo dançante
Na contramão
Com forças
Para a ilusão

Que sem sonhos na mão
Morro assim,
O corpo erguido
e a alma no chão.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões