quinta-feira, 13 de maio de 2010

"Curumim, chama Cunhãtã que eu vou contar"

Dá-me tinta de urucum
Para pintar corpo meu em teu
Dá-me o calor de teu coração nu
Para amolar o que embruteceu

Dança com meu corpo o amor
Me gira e me derruba com paixão
Derrama em meus olhos o ardor
Engole de um gole minha solidão

Ainda que não queira eu o teu
Ainda que fujam de ti meus olhos
Ainda que meu eu, que emudeceu
Não cante mais teus sonhos

Ainda que meu desafinado canto minta
Teus olhos têm o dom de ouvir
E tu de ler minha alma em tinta
E mesmo assim vir
Sabido isso, faça-me um favor?
Ensina-me a graça do sorrir,
Ensina-me a sorrir de amor?

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões