segunda-feira, 7 de junho de 2010

Arranca da cama os lençóis que sem Sol não sei dormir

Nestes benditos dias de desdita morte
Quando o tempo corrido se cansa da pressa
Quando conta o Sol, em elucidação improvisada
A razão desse forjado sofrer

Penso eu que nas terríveis horas de solitária escuridão
Minhas lágrimas de dor não passam de ingênuo terror
Terror não da ilusão,
Essa apenas afago da decepção,

Terror dos quiméricos, dos homéricos Sonhos
Da fantasia de fanáticas noites do passado
Aquelas, as conturbadas e desgraçadas
As vertiginosas e lascivas, as reais e as fingidas

Penso eu que não sabia antes sonhar,
Sabia saber...
E agora, sem controle da razão, acordo banhada em suor
A garganta flamejante seca de gritos, ansiosa por morrer

Já tornei de todos os vinhos para enfeitiçar o sono
Queimei-me com quinhentos cafés
Angustiei por dez noites sem cerrar o olho
Chorei as dores em dez cabarés

E hoje sou cinzas da libertinagem,
Zumbi clandestino na realidade
Vago com os olhos semi-cerrados, sem coragem
De dizer adeus a mocidade





E agora que bendita a sorte e desdita a poesia
Louvo o tempo por sentar e me esperar
Beijo este chão de fartas alegrias
E vivo dia e noite a sorrir e a sambar

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom, genial!

Unknown disse...

puuuuuuxa ta sabida hein!?


ass: rato de mobilete! uahuha

Descubra-me.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões