sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Convite de Tristão

Pois veja só o quanto, por me amar
Fizera de minha mente a fonte do ódio perverso
Fizera de meus olhos cascatas de amor confesso
As palavras, assim singelas e educadas,
Estriparam meu corpo quente
Levaram à garganta as ilusões amadas
E assassinaram meus sonhos complacentes
Emudeceram meu rir,
Com a bravura do impossível
Levaram-me a injustamente sentir
O que cria ser impossível
Acenderam em meu peito a brasa esperançosa,
Verteram em meus lábios a peçonha da paixão
E convenceram minha alma medrosa
A morrer pela própria mão
Pois morrer…por lúgubre que seja
É a única medida terna
De garantir a ilustre certeza
De que nossas vidas serão eternas

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões