domingo, 13 de setembro de 2009

Mulheres da vida (Inacabado)

Lisbela riu das pernas tortas de Mário
Zombou das rimas mortas de solidão
Sorriu para seus sonhos de escárnio
E decidiu ceder finalmente à paixão

Carla quis caçar o corpo de Caio
Encapetada pelo prazer visceral
Ardeu quando tocou seu lábio
E decidiu viver de satisfação carnal

Emília entregou-se a um homem sem nome
Movida por um desejo perverso
Descobriu-se amante de Ivone
E amou o sexo ao inverso

Carolina viveu para Ricardo
Espancada e dilacerada por falso ardor
Logo livrou-se do maldito fardo
Para nunca mais gozar com amor

Lolita dividiu sua solidão com Oscar
Acostumando-se com sua inigualável perfeição
Mas entre os dois ficou o mar
E ela agora vive de ordinária paixão

Leila há muito amou Giraldo
E este muitas outras amou
Até o dia em que, irada,
Leila com dois tiros se vingou

Joana suou ao sorrir do jovem Sandro
Ficou dias a delirar com sua puberdade
E ao finalmente realizar seu plano malandro
Foi presa por roubar-lhe a virgindade

Maria perdeu para o mundo seu homem
Por duendes e unicórnios foi levado
Pois garoto no mato vira lobisomem
E mulher na sobriedade é pecado


Outras virão.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões