quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estava implícito

Ora, minha poesia é a dança da mentira
Do exagero, do falso desespero
Não passa da afeição
Por lograr o coração

Portanto não se preocupe,
Pois minha mente é calúnia
Meus versos oblíquos
São forjadas petúnias

Meu corpo se inunda em paixão
Minha pele exala amor
Não creio na razão
Mas de tanto temer a solidão
Minhas mãos teimam na ilusão
De entulhar-me com falsa dor

Nunca cedi ao hábito condicional
Nunca pensei antes de atuar
Nunca neguei um apaixonado olhar
Nunca restringi-me ao pecado carnal
Vivi ousando, recitando a ventura
De ser livre, animal

Portanto não se inquiete,
Por trás das rimas de amargura
Há uma criança já entregue
À nostalgia delirante do amor irracional,
Incondicional, encravado em minhas entranhas
Correndo em meu sangue morno
E subindo-me à cabeça, levando-me à loucura delinqüente
De viver da paixão, e dela somente

Um comentário:

Pedro Costa disse...

Muito boa essa!

Você é maior que o mundo!
Talvez...

Saudades... efêmera! rs

Descubra-me.

Minha foto
Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões