quinta-feira, 30 de julho de 2009

Revés conveniente

Minhas mãos nuas nada portam além da humildade
Não carrego armas, mas modestos versos
Como os vê nobres? Eles se banham na vulgaridade
Se cobrem de miserável simplicidade
E para enganar minha dor
Camuflam-se em serena histeria
Para fingir o amor
Afagam-me com agradáveis bizarrias
Ai, lamentam em meus ouvidos uma perda
Uma perda, em minha mente, inexistente
Mas que fez de meu coração
Esse órgão veemente, delinqüente
E é tudo incoerente
A dor se esconde em meu intestino revirado
Dilacerado por promessas fantásticas
Ai, de tão pura fantasia
Meu saber já rasgado
Acreditou noutra compania
E eu aqui, arregaçado
Choro por tão cruel idolatria
Choro pela peça de minha mente
Que marota, recitou uma paixão
Que só tocou um coração
Mas que por florescente troca
Abriu esses meu olhos
Pra mais nova ilusão

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões