terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Desamor crónico

Engraçado esse seu jeito
De declarar o eterno amor
Estranho esse meu defeito
De nunca retribuir o ardor

Transito num mar infinito
De correntezas sem crença
Nesse fluxo maldito
Não te mata minha indiferença?

Nunca compreendi sua paixão
Como tão fugazmente brota a loucura
As ingênuas palavras, não vê que são em vão?
Não te incomoda minha insana amargura?

Minha escassa vivência
Me provou estranhas reações
Não sei se é uma tendência
Mas nunca amei essas feições

Não entendo a dor que sinto
Quando seus lábios vazam calor
Não posso provar que minto
Quando vomito palavras de amor

Não me entrego ao captativo
Não anseio o conjugal
Nunca provei do concupiscente
É caro o oblativo
Tão precioso quanto o magistral
Ao inverso do platónico
E distante do possessivo
Vivo assim nesse desamor colossal

Um comentário:

Manuela disse...

Muito bom seus poemas! São lindos Corinha

Beeijos,
Cadu

Told here that her lips, her lips are so thrillable
I can't describe her kiss in words of one syllable

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões