quinta-feira, 2 de abril de 2009

Cardíaco

O sol, sem saber, me saluta
Me manda mais outra morte
Carece-me com calma caduca
Pede certa paz de pequeno porte

Tantos tempos tortos
Passaram por minha pobre alma
E agora, dizem mortos
Que padeço em doce calma

O pecado que com orgulho engulo
Agora deu-se a estrangular-me
Traidor, importuno!
Venha logo levar-me

Pois minhas armas aqui estão
O medo jaz há tempos
De vida morreu meu coração
Mas resistirei a estes tormentos

Que venha a Morte me levar
Quero testar a coragem da Vida
Quero vê-la com paixão enfrentar
Para que não seja vista minha alma vencida.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões