segunda-feira, 6 de abril de 2009

Solidão poética

O medo devora minhas entranhas
A dúvida corrói minha mente
Agora que o público está ciente
Do que passa em meu viver

Nua, diante do mundo
Ruborizo, frente à descoberta
Agora minh'alma desperta
Ao sorrir com este encontro mudo

Nua, despida pela coincidência
Sorrio, sem saber se devo
Agora anseio a vivência
Para matar este falso medo

O poeta nem sempre é o ser
A decepção tão mais provável
Que o improvável fato de nos amarmos
Em carne, não em saber

2 comentários:

Pedro Costa disse...

Conhecer o mais íntimo primeiro é uma ousadia...
Mas eu gostei...

3ernardo Tavares disse...

Cora, entendi!

Muito bom o poema, muito bem descrita a sensação.

Quem te conhece te entende.

O pouco que eu conheço, talvez tenha permitido esse entendimento.

Parabéns pelo poema, parabéns pelo seu momento.

Descubra-me.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões