sábado, 11 de abril de 2009

Mata de Algas

O mar lavou o homem
Levou o concreto, trouxe a vida
Caótico, matou o homem
Levou a alegria destemida
Esse céu distorceu a fúria
De um mundo insano,
Que por cretina injúria
Varreu Éden por engano

Agora as estrelas se escondem sob o mar
O céu embaçado ondula
Me escondo com o tímido Luar
Que sem poder, me bajula

E as sombras me cobrem
As constelações me acompanham
Penso no que não vi, elas descobrem
E com consolo me banham

Voando, encontro um espelho
Colossal, nele encontrei as estrelas
Corri, não pude contê-las
Desolada, me perdi; o perdi.

Junto ao luar, o álcool na cabeça
O mar ao alto, sobre o céu caminho
Nada tenho em mãos senão um copo de crença
Nele o rosto que não vi, o que perdi e engulo com vinho

3 comentários:

Pedro Costa disse...

Talvez a noite seja uma nostalgia do mar com a manhã.
E o vinho pra mim trás muito bem essa nostalgia.

Muito bem escrito!

Mateus Bentivegna disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mateus Bentivegna disse...

Muito bom!! Saquei a idéia de natureza do início... Gostei muito.

Descubra-me.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões