quarta-feira, 22 de abril de 2009

Falsa Pretensão Solitária

Calar sem querer
Rir sem saber
Sofrer por não ter
Lembrar da ilusão
Por que é tão dura a paixão?
E ainda tão simples de descrever...
Todos os olhos dançam
Na mesma fórmula de amar

De minha memória já vaza teu sorriso
Escorre
Ácido, queima.
E minha ilusão morre.
E ainda, insisto na dor
De amar o impossível
Vejo em teus olhos outro ardor
Definho pelo falso imprevisível

Cedo-me portanto ao inevitável
Ansiando tuas mentiras
Minha verdade adorável
Minha vontade inibida
Calo-me quando o amor quero proclamar
Num fingido sentimento!

Engano-me portanto acreditando
Que teus lábios sabem amar
Suspirando, recitando
Murmúrios a difamar

E ainda, por eles renegarei a razão
Mergulharei nessa sincronia absurda
De louca, bela e cretina paixão
Entregarei-me à solidão surda,
À tão linda e certa ilusão

2 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso!
Nunca vi uma descrição tão verdadeira do amor

Pedro disse...

Queria poder ter pretenção neste poema...

Sincero, até demais...

Daria minhas botas para saber quem... ou para não saber...

Descubra-me.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões