terça-feira, 10 de março de 2009

As rosas

Veja o contentamento
Daqueles homens helênicos
Ria do consentimento
Das novas crianças efêmeras

Guie-se pelo profano,
Divino princípio
Goze com o dualismo insano
Desse real mundo mancípio

Procure pela ideal salvação
Longe desta perfeita desgraça
Mas cuidado com a contradição
Do doce pecado contra a falha graça

Olhe só, como é admirável a sociedade
o Homem, uma unidade distinta
Mamando no seio da universalidade
Enganando-se com uma liberdade extinta

E as crianças de razão ilimitada
Que crescem com os olhos do saber
Mas logo caem na pútrida cilada
Da cristã concepção do ser

Olhe só, a fragilidade da verdade
Encravada em nossos corações perdidos
Enganando-nos com falsa liberdade
Determinada por princípios inibidos

E a espetacularização da imagem
Brotando como uma rosa a difamar
Diante de nossas mentes sem coragem
Que já não enxergam com o olhar

Veja o descontentamento
De você, moribundo animal a viver
E adote o louvável sentimento
De que nada é o que parece ser

Mergulhe na correnteza da perdição
Perceba logo o que sua vida inibiu
E flutue na irascível maré da ilusão
Mas entenda agora: a razão nunca existiu.

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões