domingo, 22 de março de 2009

Colóquio Insano

Agora no silêncio da noite
Senti a brisa fresca tocar
Senti em minha boca o pecado
Lembrei-me de outras noites ao luar
Esqueci-me dos machucados
Deixei o vento levar

Hoje meus olhos sorriram
Por motivo algum quis dançar
Senti em meu peito o pecado
No vento meus sonhos fugiram
E agora estou a voar

Uma bebida num copo com gelo,
Nessa dança, quero amar
Amar o belo o feio, o elo
Amar sem saber blefar

Nada mais importa, vou fugir ao luar
Nada nunca importa, vou me permitir sonhar
Nessa noite de liberdade, quero ver a morte me levar.

Sua mente não quer dormir
Já não sabe mais o que fazer
Quer mudar, quer sentir
Qualquer coisa que dê-lhe prazer

Seu coração quebrado já não quer mais fugir
Já não tens mais do que beber
Quer chorar, quer sorrir
E toda a razão esquecer

As águas que escorrem de sua alma
Já secaram o que restava de sua esperança
Não há mais nada além da falha calma
E duma inútil ânsia

Fala que me ama, mas destrói o meu viver
Me leva pra cama, mas não é infinito o prazer
Promete o mundo, mas dá um beijo sórdido
Reclama do vivido, mas continua no sonho mórbido

Ora, vire e quebre a dança
Rebole logo, criança!
Quando seus olhos negarem perdão
Lembre-se do gim que tens na mão

E engula o mundo com saber
Veja no espelho o que promete seu ser
Ria com os amores que dão-lhe satisfação
Beba com eles da verdadeira paixão

Dê-me logo sua mão, criança
Venha comigo, nesta ilusão da infância
Lembre-se da simplicidade da vida
Viva a felicidade em ti inibida

Viva agora a beleza do viver!
E esqueça logo a agonia de em vão sofrer


Não há beleza no viver, cara amiga
Quando se trata de um amor insolúvel

Então misture-o em álcool peçonhento
E beba doutro vinho de puro contento
Agora pare logo de pestanejar
E venha comigo amar

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Sou fruto da nudez de meus instintos e da pureza de minhas paixões